domingo, 5 de março de 2017

A Ipeca vive entre o remédio e o veneno

A Ipeca é vomitiva em altas doses; tônica e expectorante em pequenas. É usada com vantagem na disenteria, no garrotilho, coqueluche, bronquite. Já foi recomendada na peritonite pleural. Ingerida em pequenas doses provoca suores.
Cephaelis acumina - Reprodução 
As aplicações locais sobre a pele e sobre as mucosas são irritantes. Sobre a pele a ipeca determina eritemas ou vesículas. A contaminação de se estar numa sala onde há poeira de ipeca provoca lacrimejando, comichões nos olhos, espirros; uma pitada de pó de ipeca jogada nos olhos provoca conjuntivite muito seria, e quando o ar que se respira está muito carregado de pó de ipeca os acessos de asma ou de dispneia aumentam.
Quando a ipeca é absorvida os batimentos cardíacos diminuem e a tensão sanguínea baixa.
Quanto a ação vomitiva da ipeca, querem alguns autores atribuí-la a emetina, sendo no caso um vomitivo periférico, tendo ação irritante sobre o estomago; outros autores baseados em estudos mais recentes contestam a ação vomitiva da emetina atribuem a cephelina que como e emetica é duas vezes mais ativa que  a emetina, no entanto, outros, não pondo em duvida essa ação da cephelina acham que não podemos esquecer a ação que incontestavelmente a emetina possui.
A Ipeca e contra indicado para cardíacos, as pessoas fracas ou deprimidas, bem como as pessoas idosas.
A intoxicação pela ipeca é caracterizada por uma inflamação no estomago e sobretudo do intestino, pela hiperemia ou edema pulmonar, depois uma paralisia progressiva; a hemólise e sobre tudo o colapso cardíaco.
Bibliografia: Cruz, Jayme P. Gomes Ipecacuanha – Revista da Flora Medicinal 1934.



Nenhum comentário:

Postar um comentário