sábado, 1 de abril de 2017

Catuaba um excitante natural

Com o nome vulgar de catuaba ou Catuiba é empregada, para os mesmos fins terapêuticos, no Brasil uma bignoniácea, a Anemopaegma mirandum (Chamisso) de Candolle.

O naturalista alemão Luiz C. A. Chamisso de Boncourt, de origem franceses, educado em Berlim e conhecido por Adalbert von Chamisso, classificou esta planta em 1839 com o nome de Bignonia Miranda. No mesmo gênero foi classificada pelo monge mineiro frei José Mariano da Conceição Velloso, com o nome de Bignonia arvensis, na sua Flora Fluminensis, começada em 1870 e só publicada em 1890, cuja estampa, como a minoria das demais desse obra, dá apenas uma vaga idéia da planta.
Von Martius verificou, entretanto, pertencer a Catuaba ao seu gênero Anemopaegma, onde a classificou com o nome de Anemopaegma essilifolim, Martius.
A Catuaba é um subarbusto ereto, campestre, ou melhor, uma erva perene, de base lenhosa, raramente subvoluvel na parte superior, de rizoma grosso, duro, atingindo até 1,5m de diâmetro, horizontal ou descendente, toruloso e de caule simples, ereto ou ascendente, de base lenhosa, quadrangular ou subcilíndrico, estriadas de 18 a 25 e raramente até 40cm de comprimento e cuja base mede em geral 2 e raramente até 4mm de diâmetro.
A Catuaba é usada como excitante geral, nas moléstias nervosas; é recomendada nas astenias gastrointestinais e circulatórias, na ataxia locomotora, nas nevralgias antigas, no reumatismo crônico, nas paralisias parciais e na desinteira.
Dizem ser um afrodisíaco de uma potencia extraordinária, sem trazer com tudo nenhum prejuízo ao organismo, mesmo após uso prolongado.
Modo de uso:
Internamente: Infuso, 50grs para 1 litro d’água, para tomar uma colher de sobremesa duas a três vezes ao dia.
Extrato fluido, de 1 a 4grs por dia, as refeições. Tintura, de 5 a 20grs diárias. Vinho, 1 cálice em cada refeição.
Externamente – O decocto, 100grs para 1 litro de água, em loções sobre as partes genitais.

Bibliografia:Silva, Rodolfo Albino Dias da  Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia, nº 1-2 ano 1927.


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