sábado, 3 de junho de 2017

A História dos Extratos através dos tempos.

Em 1875 na escola Montpellir na França, o farmacêutico Petitot apresenta a sua tese “Considerações sobre os extratos empregados em farmácia”.
Segundo este autor quem primeiro deu aos medicamentos esta forma foi Chin-Neng Imperador da China, Chin-Neng, ano 2600 A.C., aplicava-se ao estudo das plantas, e após ter escrito uma história que ainda existe, sob o nome de “Ervanário de Chin Neng”, fez ensaios e análise de composição de extratos.

Esses extratos eram dados com precaução aos doentes e o imperador fazia verificar seus efeitos e suas propriedades, e assim lhe foi possível compor uma matéria médica.
No ano de 65 da era cristã apareceu uma pobra notável de Medicina e Botânica, escrita por Dioscoride, dividida em 5 livros, e que foi durante 15 séculos a matéria médica, dos turcos, dos árabes e de outros povos. Nesta obra há referência aos extratos, principalmente o de cicuta, obtida com o suco da planta e dessecada lentamente.
 Os árabes foram os primeiros farmacologistas que se preocuparam cuidadosamente e com bastante inteligência na preparação dos extratos.
No “Tratado dos Simples”, Ibn el Berthar, fala dos extratos dos fundos e Abd ex Rezza autor do “Revelador dos Enigmas”, tratado de matéria médica árabe, fala dos extratos de tâmaras e de uvas.
Nicolau Roépositus, em 1528, em seu “Dispensarium”, dá um capitulo especial sobre os sucos dessecados preparados espremendo as plantas, retirando o suco e fazendo evaporar ao sol ou sobre cinzas quentes. Menciona os extratos de alcaçuz, absinto e centáurea entre outros. Nesta época a palavra extrato não existia, e tais produtos eram denominados sucos dessecados, (de succis siccis).
Em 1530 já havia referência ao nome extrato, outros autores chamavam de extrações e outros ainda de tintura sólida, e a tintura líquida era chamada de extrações. Só em 1561 foi que a distinção se tornou patente. O “Guia do Boticário” do neste ano, fazia diferença entre extratos e tinturas terminando com a confusão.
Gaspár Schvenchfeld, no seu “Thesaurus Pharmacêticus”, dividiu os extratos em duas classes: Alterantes e Purgativos e do modo de prepara-los.
A “Farmacopeia de Valeius Cordus” também publicada em 1561 não falava dos extratos, mais tarde o Colégio dos Médicos, de Nuremberg, publicou uma edição oficial na qual figurava quatro extratos simples e cinco compostos.
Em 1610, Jean dde Vale, publicou em Gênova uma tradução “Grande Tesouro ou Dispensário e Antidotário” de J.J. Wcher, de Bale, na qual figuravam fórmulas de numerosos extratos, muitos dos quais usados em nossos dias.
Somente em 1624, os extratos passaram a ter uma significação bem clara. Esta definição foi escrita por Jean Béguin em seu livro “Elementos de Quimica”.
“Os extratos, assim chamados especificamente são tirados dos animais e dos vegetais , por meio de dissolventes ou mênstruos, (veículos empregados das plantas e devem variar na composição de conformidade com a composição química da parte do vegetal empregada), apropriados, como só: o espírito do vinho, o leite, a genebra, o hidromel vinhoso, a água de maçãs e outros ou melhor as águas destiladas”.
Em 1649 na “Farmacopeia Medico Química”, impressa em Lyon, de autoria de Jean Scheveder define os extratos como: “É a essência de uma substância separada da parte grosseira por meio de líquido e levado à consistência conveniente”.

(Continua)

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